Comédia colombiana Amália, a Secretária (Amalia, la Secretaria, Colômbia, 2017) de Andrés Burgos diverte com a simplicidade de apresentar a rotina de uma secretária executiva. Me lembrou um pouco o humor que há no drama colombiano Crônica do Fim do Mundo (Crónica del fin del mundo, 2012) de Mauricio Cuervo.
A trama apresenta Amália (Marcela Benjumea), uma secretária rigorosa e chata de uma pequena empresa de produtos elétricos, que vê sua vida monótona virar de pernas para o ar ao conhecer Lázaro (Enrique Carriazo), o novo responsável pela manutenção da empresa onde trabalha. Ela vive à procura de coisas que precisam de reparo só para passar o tempo com ele e, sem perceber, acaba se contagiando com o desembaraço do faz-tudo.
É incrível como a vida é feita de relacionamentos, e como eles moldam nossa personalidade. A secretária, mostrada em seu desolamento, isolada dos demais da empresa onde trabalha, com poucos contatos como o chefe Don Bernardo (Diego Leon Hoyos) que também se isola em seu escritório e pouco produz. É incrível a disponibilidade que as secretárias devem possuir, mesmo sem muitas vezes serem utilizadas, tornando a rotina quase um tédio.
Assim, o filme apresenta um certo olhar cômico e trágico na vida corporativa. O clima leve da película se deve ao trabalho de direção que conduz a película de forma agradável. O filme é recheado de cenas hilárias, como quando Amália chupa as balinhas reservadas aos clientes e devolve ao pote, para depois oferecer a bala àqueles de quem não nutre simpatia, e a cena de exercícios físicos no ambiente de trabalho, onde Amália se vê ao lado de Lázaro em poses desconfortáveis, usando os enquadramentos para fazer piada, ao invés do texto raso.
Visto no 28º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema
Veja trailer de Amália, a Secretária:
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