sábado, 8 de setembro de 2018

Ferrugem


Drama adolescente Ferrugem (Brasil, 2018) de Aly Muritiba é uma obra nacional que merece ser vista e debatida em toda sala de ensino médio, por retratar uma problemática corriqueira que o cyberbullying e as consequências que isso pode acarretar na vida de quem comete e de quem é vítima.


A adolescente Tati (Tiffanny Dopke) adora compartilhar sua vida nas redes sociais como a maioria dos adolescentes. No entanto, após perder o inseparável celular, ela precisa amadurecer e lidar com as consequências de algo que ela não queria que se tornasse público é divulgado no grupo do WhatsApp de sua turma de colégio.

Tati e Renet (Giovanni de Lorenzi) já estavam compartilhando fotos, vídeos e música pelos seus celulares e na última viagem da escola eles começaram a trocar olhares. No entanto, o que poderia ter sido o começo de uma história de amor torna-se um fim. A participação dos pais de Renet, especialmente de Davi (Enrique Diaz) é muito bem inserida na trama, explicando indiretamente acerca da origem dos traumas do rapaz. A cena que acompanhamos no banco de trás do carro é magnífica.

O filme dividido em duas partes tem os dois atos bem definidos, o primeiro e o segundo, sendo que o terceiro ato é bem rápido e conclusivo, o que não compromete o filme, mas deixa claro que a primeira parte é mais interessante, por prender a atenção, até o clímax inesperado no meio do filme, que não é spoiler por estar estampado no poster do filme. O longa tem uma fotografia digna, um trabalho de som preciso, consegue se comunicar com a nova geração e tem um trabalho de direção extremamente funcional para a narrativa.

Ganhador do Kikito de melhor longa nacional no 46º Festival de Cinema de Gramado. O filme ainda levou os prêmios de melhor desenho de som e melhor roteiro (Aly Muritiba e Jessica Canda). Merece um maior prestígio.

Veja trailer de Ferrugem:

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