quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Venom



Aventura, ação e sci-fi baseado no personagem da Marvel Comics Venom (Venom, Estados Unidos, 2017) de Ruben Fleischer se mostra vazio, genérico e sem propósito, além do de faturar nas bilheterias, é óbvio. Demonstra definitivamente a saturação do gênero de super heróis. O filme não faz parte do Universo Cinematográfico Marvel. A história de Venom se passa em um universo próprio. Desnecessário.

Um dos mais enigmáticos, complexos e durões personagens da Marvel chega ao cinema. O filme do anti-herói se passa em São Francisco, Estados Unidos, quando conhecemos Eddie Brock (Tom Hardy) um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. 

Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve então denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido. Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.

Muita coisa que acontece no filme não é bem explicado pelo roteiro raso, especialmente no que diz respeito ao parasita, ou simbionte que se instala no protagonista. As melhores cenas de ação já haviam sido mostradas no trailer. O longa até tinha potencial, caso a esquizofrenia do personagem fosse levada à sério e não virasse uma piada. Quando o filme não cria empatia, pouco importa o que acontecerá com os personagens, ficamos inertes ao que se é mostrado em tela. O 3D é desnecessário, está ali só para aumentar a renda dos cofres dos produtores.

A relação entre Eddie e Venom, que é a priori absurda e assustadora, passa a ser aceita com leveza pelo humano, à ponto de se tornarem grandes amigos. Fico a imaginar como seria o terror psicológico de um ser humano comum que, de repente, começa a ouvir uma outra voz dentro de si. O melhor do filme se passa nas cenas pós créditos, quando vemos um trecho da animação Homem Aranha no Araverso (2018) de Bob Persichetti.

Segue trailer de Venom:

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