Confinados em casa devido à epidemia de covid-19, os diretores criaram histórias pessoais, engraçadas e emocionantes que retratam o momento de quarentena que todos estamos vivendo. Uma homenagem à arte do cinema e ao poder da criatividade diante de uma pandemia global.
Projeto retrata o mundo sob quarentena – e conta com nomes como Kristen Stewart, Maggie Gyllenhaal e Paolo Sorrentino. Todos os episódios são sobre o mesmo tema (a quarentena), mas com histórias independentes, e que não precisam ser assistidas em ordem.
A grande sacada de Feito em Casa é sua curadoria. Ao todo, são 17 curtas, cuja duração varia de 4 a 11 minutos. Cada um deles foi feito por cineastas famosos de todos os cantos do mundo. O projeto foi idealizado pelo diretor chileno Pablo Larrain em conjunto com seu irmão, Juan de Dios. A produtora dos dois, a Fabula, se uniu à italiana The Apartment Pictures e, junto à Netflix, coordenou todas as produções à distância.
Feito em Casa é sobre adversidade, e como somos todos de diferentes países, culturas e circunstâncias, mas, para um momento único da humanidade, compartilhamos circunstâncias muito semelhantes em contextos diferentes.
Os filmes vêm dos mais diferentes lugares, do Japão (Naomi Kawase) ao Líbano (Nadine Labaki e Khaled Mouzanar). Os diretores foram instruídos a utilizar somente os equipamentos e objetos disponíveis em casa, sem furar a quarentena. Nos créditos finais, a maioria descreve seu processo de filmagem que, muitas vezes, foi feito com um celular.
Mas isso não impediu que alguns diretores extrapolassem os limites de suas casas. O francês Ladj Ly, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro esse ano por Os Miseráveis (Les Misérables, 2019) usa um drone para mostrar a rotina de Seine Saint-Denis, uma região próxima à Paris que foi fortemente afetada pela Covid-19. Inclusive o menino que usa o drone é o mesmo personagem do filme francês.
Meu episódio favorito é o de Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro em 2014 por A Grande Beleza, chama a atenção por sua simplicidade. Gravado em diferentes cômodos da casa de Sorrentino em Roma, o curta narra uma divertida conversa entre dois bonecos: o papa Francisco e a rainha Elizabeth II. Como se acompanhar a rotina de dois brinquedos já não fosse cômico o suficiente, os diálogos são carregados de ironia, e nos fazem refletir sobre o confinamento e o papel que símbolos (como eles) desempenham em meio a tudo isso.
O de Rachel Morrison, diretora de fotografia de Pantera Negra, por exemplo, é uma comovente carta ao seu filho de cinco anos, Wiley, e fala sobre como as crianças estão enxergando o que está acontecendo – e como a pandemia será lembrada pela próxima geração.
Já o de Gurinder Chadha, cineasta britânica de origem indiana, é um espirituoso diário de quarentena. Mesclando gravações caseiras com imagens do seu arquivo pessoal, a diretora mostra como cada membro da família, com rotinas tão diversas, tiveram que se adaptar ao confinamento. Das aulas à distância dos filhos às celebrações da Páscoa e do Dia das Mães, é impossível não se identificar. Imperdível.
Confira o trailer de Feito Em Casa:
Os filmes vêm dos mais diferentes lugares, do Japão (Naomi Kawase) ao Líbano (Nadine Labaki e Khaled Mouzanar). Os diretores foram instruídos a utilizar somente os equipamentos e objetos disponíveis em casa, sem furar a quarentena. Nos créditos finais, a maioria descreve seu processo de filmagem que, muitas vezes, foi feito com um celular.
Mas isso não impediu que alguns diretores extrapolassem os limites de suas casas. O francês Ladj Ly, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro esse ano por Os Miseráveis (Les Misérables, 2019) usa um drone para mostrar a rotina de Seine Saint-Denis, uma região próxima à Paris que foi fortemente afetada pela Covid-19. Inclusive o menino que usa o drone é o mesmo personagem do filme francês.
Meu episódio favorito é o de Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro em 2014 por A Grande Beleza, chama a atenção por sua simplicidade. Gravado em diferentes cômodos da casa de Sorrentino em Roma, o curta narra uma divertida conversa entre dois bonecos: o papa Francisco e a rainha Elizabeth II. Como se acompanhar a rotina de dois brinquedos já não fosse cômico o suficiente, os diálogos são carregados de ironia, e nos fazem refletir sobre o confinamento e o papel que símbolos (como eles) desempenham em meio a tudo isso.
O de Rachel Morrison, diretora de fotografia de Pantera Negra, por exemplo, é uma comovente carta ao seu filho de cinco anos, Wiley, e fala sobre como as crianças estão enxergando o que está acontecendo – e como a pandemia será lembrada pela próxima geração.
Já o de Gurinder Chadha, cineasta britânica de origem indiana, é um espirituoso diário de quarentena. Mesclando gravações caseiras com imagens do seu arquivo pessoal, a diretora mostra como cada membro da família, com rotinas tão diversas, tiveram que se adaptar ao confinamento. Das aulas à distância dos filhos às celebrações da Páscoa e do Dia das Mães, é impossível não se identificar. Imperdível.
Confira o trailer de Feito Em Casa:
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