Na tarde do dia 6 de maio de 2014, fui com o Márcio Oliveira ao UCI Cinemas do Shopping Iguatemi ver o filme nacional "Getúlio". De lanche, um kalzone com Sprite. Detalhe para a luz do cinema que só foi apagada no meio da sessão...
O filme narra os últimos dias do presidente Getúlio Vargas, que governou o país durante 15 anos, tendo sido deposto pelo exército e voltado a presidência anos depois pelo voto popular até um tiro mudar a história. No filme, vemos que ele sofreu um linchamento da imprensa da época, que sem provas o condenou, lembrando um pouco inclusive a situação atual que vivemos, onde uma foto postada num blog é capaz de fazer com que as pessoas linchem uma pessoa inocente.
A intimidade de Getúlio Vargas (Tony Ramos), então presidente do Brasil,
em seus 19 últimos dias de vida. Pressionado por uma crise política sem
precedentes, em decorrência das acusações de que teria ordenado o
atentado contra o jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges), ele
avalia os riscos existentes até tomar a decisão de se suicidar. Político controverso, tido por ele próprio como ditador, já na cena inicial ele diz em voice off: “eu fui um ditador e não me arrependo”. Assim, o filme nos expõe a figura mítica do ex-presidente, sua família misteriosa, as intrigas do palácio presidencial, reuniões com ministros, enfim. O Diretor João Jardim apresenta uma excelente aula de história, tornando o filme obrigatório para alunos do ensino médio.
Tony Ramos nos entrega uma atuação espetacular. Ele é o dono do filme e sua caracterização, assim como sua atuação beira à perfeição. Sabe-se que devido sua caracterização como Getúlio Vargas, ele precisava durante as filmagens, se submeter diariamente a uma maratona de 2 horas de maquiagem, onde
raspava parte do cabelo e inclusive depilava parte dos pelos do peito.
O desing de produção (direção de arte) está bem apresentado. O corpo de Getúlio Vargas visto em cena foi especialmente produzido por
uma senhora vinda de Los Angeles, que era especialista em "trajes para
pessoas obesas". Foram esculpidos três corpos usados por Tony Ramos
durante as filmagens, que incluiam não somente uma barriga postiça mas
também braços e pernas "gordos". O figurino está correto, a fotografia colabora com o filme como um todo.
As tomadas de câmera privilegiam detalhes cenográficos, especialmente os que envolvem o Palácio do Catete, local que era sede do governo federal na época em que o político se matou com um tiro no peito, em 24 de agosto de 1954. e que hoje abriga o Museu da República no Rio de Janeiro, local este que já tive a oportunidade de conhecer. Recomendo, pois é um filme obrigatório. Nota: 9,0/10,0.
Segue trailer:
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