quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Doidas e Santas


Comédia dramática brasileira Doidas e Santas (Brasil, 2015) de Paulo Thiago baseado no livro homônimo de Martha Medeiros e inspirado na adaptação da obra para o teatro de Regiana Antonini, desperdiça uma premissa popular envolvendo o tema do divórcio, para focar num melodrama que não influi, nem contribui.

É fato que o divórcio tem levado tantos casamentos à bancarrota. Sou defensor das uniões estáveis proporcionadas por meio do casamento (união de um homem com uma mulher) e crendo na bíblia que é muito clara ao afirmar que Deus odeia o divórcio e que devemos ter bom senso; não sendo infiéis. (Malaquias 2:16)

No filme, a
pós 20 anos de casamento, a psicanalista e terapeuta de casais Beatriz (Maria Paula) está passando por uma crise e nem lembra mais quando foi a última vez que deu uma gargalhada. Ela não está nada satisfeita com o trabalho e muito menos com o marido Orlando (Marcelo Faria), que anda bem ausente. Com a ajuda da amiga Valéria (Flávia Alessandra), e da irmã Berenice (
Georgiana Góes), com a qual Beatriz bate de frente. Beatriz decide então mudar de vida e percebe que um pouco de loucura não faz mal a ninguém. Ela resolve se divorciar e experimentar um mundo até então desconhecido. Ela também enfrenta problemas com a filha adolescente (Luana Maia) e nos cuidados requeridos pela mãe (Nicette Bruno).



O filme oferece poucos momentos de risos, embora rir da desgraça alheia não seja algo interessante, o filme expõe situações inusitadas como Beatriz sendo parada numa blitz, ou numa espécie de sessão de yoga na natureza. No entanto, o maior problema do filme, é se perder ao longo do caminho, desperdiçando a veia cômica de Maria Paula, para focar no drama da situação da mulher separada, com problemas familiares.

Percebe-se uma certa falta de criatividade de direção, com situações esquemáticas e teatralizadas. Algumas atuações, como a de Marcelo Faria são risíveis, parece que o mesmo está lendo o texto, ou atuando numa novela de baixo orçamento. O deslocamento do drama para Buenos Aires, não tem sentido, a morte de uma personagem não causa comoção, nem dos familiares que fazem risos e piadas de situações envolvendo inclusive as cinzas do ente querido. Os coadjuvantes estão deslocados e estereotipados, as participações especiais surgem aos montes, como numa colcha de retalhos, algumas vezes sequer contracenando com a protagonista. Gostei da cena filmada na livraria cultura da Av. Senador Dantas, no Rio de Janeiro, onde já fui algumas vezes e de algumas tomadas aéreas do capital carioca.

Veja o trailer de Doidas e Santas:


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