quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

La Sylphide


Ballet Bolshoi La Sylphide (2018) de Johan Kobborg gravado em Moscou e exibido nos cinemas, mostra o clássico apresentado em 1832 na Ópera Nacional de Paris, sendo um balé de dois atos com coreografia de Fillipo Taglion, que foi revolucionário e determinante para o desenvolvimento posterior da arte do ballet em sua forma de espetáculo.

No dia de seu casamento, o jovem Scotsman James é acordado com um beijo de uma criatura
alada etérea, uma Sílfide. Fascinado com sua beleza, James arrisca tudo em busca de um amor
inalcançável. La Sylphide é um dos mais antigos balés do mundo, um tesouro no estilo
Bournonville dinamarquês. Remontado para o Bolshoi por Johan Kobborg, essa produção é a
irrevogável obra-prima romântica.

La Sylphide foi o pri­meiro bal­let a expres­sar com­ple­ta­mente a filo­so­fia Romântica, onde o herói está pres­tes a sucum­bir den­tro do “sta­tus quo”, mas desiste de tudo para bus­car a ver­da­deira feli­ci­dade. Ele intro­duz uma visão lírica de um mundo sobre­na­tu­ral, para­lelo à rea­li­dade, povo­ado por seres tão impal­pá­veis quanto os sonhos. Ao per­der o sonho, o herói tam­bém perde a sua vida.

O pri­meiro ato retrata a vida mun­dana em algum lugar da Escócia, enquanto o segundo ato acon­tece em uma flo­resta e apre­senta seres sobre­na­tu­rais. A dança tem mais espaço que a pan­to­mima e os movi­men­tos são pen­sa­dos e com­pos­tos como forma de trans­mi­tir o enredo da his­tó­ria. Também, pela pri­meira vez, a sapa­ti­lha de ponta foi uti­li­zada como forma de trans­mis­são das ideias, parte da com­po­si­ção do per­so­na­gem. A Sílfide — Taglioni — se apre­sen­tou fazendo uso desta téc­nica do iní­cio ao fim do bal­let, téc­nica que mais tarde foi cha­mada de “dança clássica”.

Para o Segundo Ato, foi dese­nhado um ves­tido que des­cia um pouco mais baixo do joe­lho, feito de mate­rial trans­pa­rente e de cor branca. Esse figu­rino, assi­nado por Eugène Lami, tornou-se o pri­meiro tutu de bal­let, e o ato em si, asso­ci­ado ao tutu, deu ori­gem a uma das mar­cas do bal­let român­tico: “les bal­lets blancs” – ou balés bran­cos, onde pelo menos um dos atos da obra, ou toda ela, se passa em um mundo ine­xis­tente ou ambi­ente neu­tro, com os seus per­so­na­gens ves­tindo basi­ca­mente branco. Em geral, é dan­çado pelo corps de bal­let feminino.

Personagens:
James Ruben: um fazen­deiro escocês.
A Sílfide: uma fada, um espí­rito das flo­res­tas nórdicas.
Gurn: amigo de James.
Effie: A noiva de James.
Madge: a feiticeira.
A mãe de Effie.

Enredo:

Ato I – Uma casa de fazenda escocesa.

James, um fazen­deiro esco­cês, irá se casar com uma moça cha­mada Effie. Na noite de vés­pera do casa­mento, James dorme em uma cadeira perto da lareira. Uma Sílfide apa­rece e dança o seu amor por ele, depois lhe dá um beijo. James acorda e fica encan­tado pela visão. Ele tenta segurá-la, mas ela voa pela cha­miné. Ele acorda o seu amigo Gurn, que diz não ter visto nada, e lem­bra James que hoje é o dia do seu casamento.

Effie chega com a sua mãe e madri­nhas. A bruxa Madge apa­rece no lugar onde a Sílfide foi vista por último — perto da cha­miné. James vai até lá e fica desa­pon­tado por não ser a Sílfide. Ele tenta expul­sar a bruxa, mas é con­tido pelos con­vi­da­dos que que­rem que ela leia a sorte deles. Dentre as pre­vi­sões, Madge diz a Effie que ela se casará com Gurn, e diz que James ama outra pes­soa. O noivo, furi­oso, expulsa a bruxa de casa.

Enquanto todos se arru­mam para o casa­mento, James fica a sós na sala, quando Sílfide rea­pa­rece. Ela con­fessa o seu amor por ele, que acaba não resis­tindo, e a beija. Observando escon­dido à cena, está Gurn, que secre­ta­mente ama Effie. Gurn vai atrás de Effie para con­tar o que ele tinha visto, mas ao retor­na­rem, a Sílfide já tinha desaparecido.

Começa o casa­mento, Sílfide rea­pa­rece, pega a ali­ança de James e foge para a flo­resta. James, apai­xo­nado, larga tudo pra trás e corre atrás dela. Effie fica deso­lada em lágrimas.

Ato II – A flo­resta encantada.

O Segundo Ato começa com Madge e outras bru­xas dan­çando em volta de um cal­dei­rão onde ingre­di­en­tes estão sendo joga­dos. De den­tro do cal­dei­rão, Madge tira uma echarpe. James e a Sílfide entram, ela mos­tra a ele o seu mundo, con­vi­dando as outras Sílfides a entre­te­rem James dan­çando. Todos eles dan­çam, mas a Sílfide sem­pre evita as apro­xi­ma­ções e os abra­ços de James. Todas voam para outra parte da floresta.

No mesmo momento, os con­vi­da­dos do casa­mento de James com Effie pro­cu­ram por ele na flo­resta. Gurn acha o cha­péu de James, mas Madge diz para ele não con­tar nada a Effie, e o sugere pedir Effie em casa­mento. Ele assim o faz e ela aceita.

James encon­tra Madge, que lhe dá a echarpe dizendo que se ele colocá-la ao redor da Sílfide, as suas asas cai­rão, fazendo com que ela não possa mais voar. Sílfide entra e per­mite que James lhe colo­que o pre­sente, mas quando isso acon­tece, as suas asas caem e ela morre nos bra­ços dele. As outras Sílfides levam o seu corpo sem vida embora.

Madge entra e mos­tra a James o que ele per­deu: ao fundo, pode-se ver as fes­ti­vi­da­des do casa­mento de Effie e Gurn. Ele sucumbe, caindo no chão. O bal­let ter­mina com a Bruxa triun­fando sobre o corpo de James. O mal vence.

Veja trailer de La Sylphide:

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