sábado, 30 de dezembro de 2017
Roda Gigante
Nada como terminar um ano cinematográfico com Roda Gigante (Wonder Wheel, Estados Unidos, 2017) de Woody Allen, que sempre me agrada com seu estilo de filme, com citação clara a peça Um Bonde Chamado Desejo de Blanche Dubois, com personagens neuróticos, e a musa da vez sendo Kate Winslet, além de um roteiro com insinuações da vontade de Allen vir filmar no Rio de Janeiro.
Na trama, conhecemos Ginny (Kate Winslet) a esposa de um operador de carrossel, Humpty (James Belushi), que trabalha em um parque na praia de Coney Island. Ela conhece Mickey, um salva-vidas que também trabalha na praia e acaba se apaixonando por ele. Quando uma filha de seu marido Carolina (Juno Temple) volta para casa e também se apaixona por Mickey (Justin Timberlake) a roda dos desejos começa a girar. Ginny é muito ciumenta e tem medo da velhice e é carregada de dramacidade e desilusão.
A fotografia de Vittorio Storaro colabora para o parque de diversões da vida que é apresentado, com destaque para os giros da Roda Gigante de sentimentos, e as voltas do carrossel das emoções, lembrando que assim como os brinquedos, muitas vezes nossos sentimentos e emoções giram sem sairmos do lugar comum. Além disso, temos os constantes tiros de espingarda que ecoam o tempo todo na trama, sendo que o único alvo que é acertado é a plateia.
O filme é muito bem inserido na Coney Island, no Brooklyn dos anos 50. É incrível como a filmografia de Allen aborda os mesmos assuntos de diferentes formas. Acho isso magnífico do diretor e seus roteiros simples, mas ao mesmo tempo mirabolantes.
Segue trailer de Roda Gigante:
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