Animação brasileira Lino (Brasil, 2016) de Rafael Ribas não mostra a que veio, se apresentando falho em seu roteiro ambicioso de apresentar um homem em situação social complicada, com situações que não prendem a atenção das crianças, tampouco dos adultos, sendo dispensável.
São raras as oportunidades que temos de ver uma animação nacional na tela grande. A última que vi foi As Aventuras do Pequeno Colombo, (Brasil, 2015) de Rodrigo Gava, exibido numa sessão para crianças no Cine Ceará 2016, não tendo encontrado espaço no circuito comercial. Cito o destaque que a animação nacional teve com a obra O Menino e o Mundo (The Boy and The World, Brasil, 2015) de Alê de Abreu.
Lino (Selton Mello) trabalha como um animador de festas infantis, não tem amigos, acumula dívidas e é muito azarado. Além disso, não aguenta mais vestir todos os dias uma horrorosa fantasia de um gato gigante e suportar sempre a mesma rotina de maus tratos feitos pelas crianças, que zombam dele em seu emprego. Tentando livrar-se de seu azar e determinado a mudar sua vida, ele contrata os serviços de um suposto feiticeiro não muito talentoso, mas, inesperadamente, a magia acaba transformando Lino justamente em um felino enorme.
Não há o que discutir da qualidade técnica da animação, que não deixa a desejar às grandes produções americanas. A ideia de inserir uma bebê na trama, soa genérica, e imita filmes que fizeram isso com qualidade, como Monstros S/A (Monstros, Inc, 2001) de Pete Docter, Lee Unkrich. Os policiais do filme são bobos e passam o filme inteiro peidando e achando que estão sendo engraçados. A questão social abordada inicialmente, acaba ficando em segundo plano na resolução da trama.
Confira o trailer de Lino:
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