Drama nacional Como Nossos Pais (Como nossos pais, Brasil, 2016), de Laís Bodanzky não é adaptação da canção de mesmo nome de Elis Regina, embora utilize esta canção em dois momentos. Trata-se de uma obra extremamente feminista, que enfrenta os valores familiares tradicionais, ataca a fé cristã, acha que a maioria dos homens são iguais e se mostra dispensável.
A trama apresenta Rosa (Maria Ribeiro), 38 anos, uma mulher que se encontra em uma fase peculiar de sua vida, marcada por conflitos pessoais e geracionais: ao mesmo tempo em que precisa desenvolver sua habilidade como mãe de suas filhas, manter seus sonhos e objetivos profissionais, além de enfrentar as dificuldades do casamento com Dado (Paulo Vilhena), Rosa também continua sendo filha de sua mãe Clarice (Clarisse Abujamra), com quem possui uma relação cheia de conflitos.
A cena em que Rosa é demitida, após uma falha no trabalho em uma video-conferência em inglês é bizarra, assim como a facilidade para ir em Brasília e marcar um encontro com o Ministro da Casa Civil (Herson Capri), após saber que é filha do mesmo. Até a camisa a mulher tira, só pra deixar claro que as mulheres devem ter os mesmos direitos dos homens, Mas, o que dizer de uma filha que com a mãe à beira da morte, lhe compra uma carteira de cigarros?
Qual o papel da mulher na contemporaneidade? Encontramos a melhor definição dessa mulher virtuosa na Bíblia sagrada, no livro de Provérbios, capítulo 31. O pai de criação de Rosa, Homero (Jorge Mautner) é o típico mulherengo e Pedro (Felipe Rocha) é apresentado como o homem ideal, mas que é utilizado apenas para incentivar as mulheres à traição. Não embarquei nos conflitos de Rosa com sua mãe, seu marido e suas filhas. Logo não engoli o roteiro escrito pela Laís Bodanzky com Luiz Bolognesi. O filme foi o vencedor do último Festival de Gramado. Gostei muito do trabalho anterior da diretora, o maravilhoso As Melhores Coisas do Mundo (2010).
Assista ao trailer de Como Nossos Pais:
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