quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Revendo Forrest Gump


Vi com meu filho de 9 anos, o clássico Forrest Gump - O Contador de Histórias (1994) de Robert Zemeckis, inspirada no livro homônimo Forrest Gump, de Winston Groom, lançado em 1986, que se tornou um grande sucesso de crítica e alcançou diversos prêmios.

Mesmo com o raciocínio lento, Forrest Gump (Tom Hanks) nunca se sentiu desfavorecido. Graças ao apoio da mãe, ele teve uma vida normal. Seja no campo de futebol como um astro do esporte, lutando no Vietnã ou como capitão de um barco de pesca de camarão, Forrest inspira a todos com seu otimismo. Mas a pessoa que Forrest mais ama pode ser a mais difícil de salvar: seu amor de infância, a doce e perturbada Jenny.

A narrativa se passa nos EUA e conta sobre a vida de Forrest Gump desde sua infância até a fase adulta. Forrest é um menino que apresenta um modo diferente de enxergar o mundo e relacionar-se com as pessoas. Por conta disso, todos o apontam como um "idiota". Apesar disso, ele sempre se considerou esperto e capaz, pois sua mãe o educou para ter autoconfiança e nunca deixar que os outros o convencessem de que ele era um inútil.

Assim, o garoto cresce cultivando seu "bom coração" e ingenuidade, e acaba envolvendo-se involuntariamente em momentos marcantes da história dos EUA. Uma personagem importante também é Jenny, seu grande amor. A jovem, que o conheceu ainda criança, teve uma infância complicada, o que se reflete em sua vida.

A trama se inicia com a imagem de uma pena branca sendo levada pelo vento e delicadamente pousando aos pés de Forrest, que está sentado no banco de uma praça. Aqui podemos interpretar essa pena como um símbolo da vida do próprio personagem, que se deixa levar pelas circunstâncias, sendo conduzido apenas por seu desejo de fazer o bem.

O homem tem nas mãos uma caixa de chocolates e oferece um bombom a cada desconhecido que se senta ao seu lado, inciando então uma conversa a fim de relatar uma passagem de sua vida. Nesse primeiro momento é quando ele cita uma frase de sua mãe que será lembrada em outras ocasiões: "A vida é como uma caixa de bombons, você nunca sabe o que vai encontrar." Com esse pensamento, podemos deduzir que muitos fatos surpreendentes virão.

Dessa forma, a história começa a ser narrada em primeira pessoa, com o próprio protagonista contando sua trajetória desde a infância. Quando garoto, Gump foi diagnosticado com problemas de mobilidade e por conta disso usava um aparelho nas pernas que dificultava seu caminhar. Além disso, tinha um QI abaixo da média e era bastante ingênuo, compreendendo as situações à sua volta de uma maneira bem peculiar. No filme não se sabe exatamente qual é a limitação de Forrest, mas hoje em dia, analisando sua personalidade, pode-se especular que seria um tipo de autismo, como a síndrome de Asperger.

É interessante perceber como a história de Forrest Gump se entrelaça com a história de seu próprio país. O personagem, com seu jeito ingênuo, mas com muitas habilidades, envolve-se involuntariamente em vários fatos históricos norte-americanos. Para tanto, a produção contou com um trabalho primoroso de efeitos visuais, o que permitiu que a imagem do ator fosse inserida em cenas marcantes da trajetória dos EUA. Dessa forma, Forrest conheceu Jonh Lennon, os Pantera Negras, três presidentes, além disso, investiu na Apple, participou da Guerra do Vietnã, entre outros acontecimentos. Podemos concluir que Forrest foi um sujeito sem grandes ambições, mas mesmo assim conquistou o mundo. Já Jenny, que tinha sede de liberdade e queria muito da vida, pouca coisa alcançou.

Assista ao trailer de Forrest Gump - O Contador de Histórias:



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