Na noite do dia 26 de abril de 2014 ainda com o Júnior, vi "Divergente" no
UCI Cinemas do
Shopping Iguatemi.
Divergente é mais uma adaptação literária para as telonas, do livro escrito por Veronica Roth e com público alvo os adolescentes. Do diretor Neil Burger dos excelentes "O Ilusionista" (2006) e "Sem Limites" (2011). O filme se mostrou um pouco longo, mas estava com enxaqueca depois de ter visto o sofrível "Copa de Elite".
O longa se passa numa futurística Chicago, quando a Beatrice (Shailene Woodley)
completa 16 anos e tem que escolher entre as diferentes facções que a
cidade está dividida: Audácia (guardas), Erudição (advogados), Amizade (agricultores), Abnegação (altruístas), Franqueza (?). Cada facção representa um valor
diferente, como honestidade, generosidade, coragem e outros.
Gostei muito o fato de ser um filme altamente político para o público jovem. Conforme o livro, há décadas, os antepassados perceberam que a culpa por um mundo
em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença
religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a
culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal,
seja qual for a sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam
erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela
desordem no mundo.
Assim, os que culpavam a agressividade formaram a Amizade. Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição. Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza. Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação. E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia.
Trabalhando juntas, as 5 facções têm vivido em paz há anos, cada
uma contribuindo com um diferente setor da sociedade. A Abnegação suprindo a demanda por líderes altruístas no governo; a Franqueza
providenciando líderes confiáveis e seguros no setor judiciário; a
Erudição fornece professores e pesquisadores inteligentes; a
Amizade atua com conselheiros e zeladores compreensivos; enqunto que a Audácia se
encarrega da proteção contra ameaças internas e
externas.
Acontece que o alcance de cada facção não se limita a essas áreas. Em cada facção, a pessoa encontra sentido, propósito, vida. Assim, longe delas, nãohaveria sobrevivência. Eles fazem um teste para saber qual a melhor facção. 95% permanecem na facção que foram criados, mas alguns mudam de facção. Beatrice descobre no teste que é uma Divergente, ou seja, está hábil para Audácia, Erudição e Abnegação. Beatrice
surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos
destemidos, escolhendo uma diferente da família, que é Abnegação e tendo assim que abandonar o
lar. Ao entrar para a Audácia, ela torna-se Tris e passa a enfrentar uma
jornada para vencer seus medos e descobrir a si própria. Além
disso, Tris conhece Quatro, um rapaz mais experiente na facção que ela, e
que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.
Os 2 primeiros atos do filmes são muito intrigantes, com muitas cenas de ação e o treinamento de Tris é bem aprofundado, no entanto algumas informações não são repassadas aos que não leram os livros, e ficamos sem saber o porque de muitas coisas, com isso o 3º ato é um pouco enfadonho e o filme se perde na questão política...
Quanto ao elenco, atores reconhecidos como Kate Wislet e Ashley Judd não tem atuações tão marcante em função de estarem em papéis secundários. O elenco jovem está bem, especialmente Shailene Woodley que está lindíssima em tela. Recomendo, especialmente aos mais jovens, pois não é bobo, apesar da relação amorosa insossa apresentada no filme. Nota: 6,0/10,0.
Segue trailer:
