Comédia da melhor idade As Rainhas da Torcida [Poms, Inglaterra, Estados Unidos, 2019], de Zara Hayes mostra que nunca é tarde para se realizar um sonho, mostrando um grupo de mulheres que vivem em uma casa de repouso e se unem para criar uma equipe de líderes de torcida. É o empoderamento feminino para a terceira idade.
Diagnosticada com câncer terminal, a solitária Martha (Diane Keaton) decide se livrar de todos os seus pertences pessoais e se mudar para uma comunidade de idosos com o intuito de esperar a morte chegar. Em seus últimos meses, ela quer uma vida tranquila, lendo livros e interagindo com poucas pessoas, mas ao conhecer sua nova vizinha, Sheryl (Jacki Weaver), uma mulher ativa e barulhenta, Martha vê seus planos indo por água abaixo, já que a nova companhia faz questão de se manter constantemente presente.
A medida que a relação das duas se desenvolve, uma forte amizade surge e Sheryl incentiva Martha a treinar os passos de líder de torcida novamente, como fazia na época da escola. Resistente, a protagonista topa a ideia e juntas elas montam um clube para empoderar diversas mulheres acima dos 60 anos. Para fazer isso, elas precisam enfrentar o preconceito de todos e treinar para uma importante competição.
Não é fácil envelhecer, especialmente para quem não possui filhos. O roteiro poderia ser mais profundo, mas ele se contenta em ser superficial a ponto de não aproveitar plenamente o talento das excelentes atrizes, e passar a mensagem de que você pode envelhecer bem se tiver amigos. A comédia vai se tornando boba, desinteressante e esquecível.
Maria do Caritó”, “Soldados da Borracha” e “Pacarrete” terão exibições especiais no 29º Cine Ceará
Quatro longas-metragens terão exibições especiais no 29º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, que acontece de 30 de agosto a 06 de setembro, em Fortaleza. Além do já divulgado “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Karim Aïnouz, escolhido para abrir o festival, outros dois diretores cearenses levam seus longas para o 29º Cine Ceará: “Soldados da Borracha”, documentário de Wolney Oliveira, e “Pacarrete”, de Allan Deberton, que encerra a programação. A ficção “Maria do Caritó”, estrelada por Lilia Cabral e dirigida por João Paulo Jabur, também está na lista. O longa faz sua estreia mundial no Cine Ceará.
OS LONGAS
Soldados da Borracha
Wolney Oliveira. 2019. 82 min. Documentário. Brasil.
Soldados da Borracha resgata a saga de cerca de 60 mil brasileiros, enviados para a região amazônica pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos durante a segunda Guerra Mundial, em mirabolante plano para extrair látex, material estratégico imprescindível para a vitória dos Aliados. As promessas da volta a casa como heróis da pátria e de aposentadoria equivalente à dos militares, nunca se cumpriram. Hoje centenas deles, já com idade avançada e em situação de pobreza, esperam o dia do reconhecimento oficial.
O documentário estreou mundialmente no 24º Festival É Tudo Verdade. O longa conquistou o prêmio de Melhor Longa-Metragem Nacional pelo júri da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas de São Paulo (ABD-SP).
Maria do Caritó
João Paulo Jabur. 2019. 94 min. Ficção. Brasil.
Cansada da vida solitária que leva, Maria (Lilia Cabral) sonha em encontrar um verdadeiro amor. Prometida pelo pai para ser entregue virgem a São Djalminha, um santo de quem ninguém nunca ouviu falar, só mesmo um milagre poderia ajudar. A única certeza que Maria tem é que, custe o que custar, ela precisa desencalhar e sair de uma vez desse Caritó.
O longa é baseado em uma peça homônima, "escrita especialmente para o retorno da atriz Lilia Cabral ao teatro", como conta o escritor Newton Moreno no início do texto. A comédia dramática ficou cinco anos em cartaz antes de ganhar as telas dos cinemas e foi um verdadeiro sucesso de público. Indicada a seis categorias no Prêmio Shell 2010, a peça 'Maria do Caritó' contou ainda com a vitória de Lilia Cabral na categoria de Melhor Atriz no Prêmio Contigo 2011. A sua première mundial será no 29º Cine Ceará.
Pacarrete
Allan Deberton. 2019. Ficção. 95 min. Brasil.
Pacarrete é uma bailarina incomum que vive em Russas, no interior do Ceará. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança, como presente, “para o povo”. Mas parece que ninguém se importa...
O longa estreou mundialmente no Festival Internacional de Cinema de Xangai e estará na mostra competitiva do Festival de Gramado. No Cine Ceará ele foi escolhido para ser o filme de encerramento. A exibição será dia 06 de setembro no Cineteatro São Luiz.
A Vida Invisível de Eurídice Gusmão
Karim Aïnouz. 2019. Ficção. 139 mim. Brasil, Alemanha.
Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis que moram com os pais em um lar conservador. Ambas têm um sonho: Eurídice o de se tornar uma pianista profissional e Guida de viver uma grande história de amor. Mas elas acabam sendo separadas pelo pai e forçadas a viver distantes uma da outra. Sozinhas, elas irão lutar para tomar as rédeas dos seus destinos, enquanto nunca desistem de se reencontrar.
Após vencer o prêmio de melhor filme na mostra Un Certain Regard de Cannes – primeiro filme brasileiro a receber o prêmio máximo na categoria, o projeto foi contemplado com o também inédito CineCoPro Award no Filmfest München, na Alemanha. O longa de Aïnouz foi escolhido para ser o filme de abertura do festival e será exibido dia 30 de agosto, no Cineteatro São Luiz.
29º Cine Ceará
O 29º Cine Ceará é uma promoção da Universidade Federal do Ceará, através da Casa Amarela Eusélio Oliveira, com apoio do Governo do Estado do Ceará por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (SIEC), Secretaria Estadual da Cultura, e da Prefeitura de Fortaleza através da Secultfor. Conta com patrocínio de empresas públicas e privadas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, através da SP Combustíveis, M. Dias Branco, Café Santa Clara e Cegás. Agradecimentos: Enel. A realização é da Associação Cultural Cine Ceará, Bucanero Filmes e da Secretaria Especial da Cultura – Governo Federal.
SERVIÇO:
29° Cine Ceará - Festival Ibero-americano de Cinema - De 30 de agosto a 06 de setembro de 2019 em Fortaleza. Informações: www.cineceara.com. E-mail: contatos@cineceara.com. Tel: (85)3055-3465 e 99134-1101. Instagram: @cineceara. Facebook: FestivalCineCeara. Toda a programação tem acesso gratuito.
Neste 28 de julho, fui com o Luca para o jogo Fortaleza e Corinthians válido pela 12ª rodada da Série A 2019. Lá encontramos o Adriel, o Miqueias e a Rizolania.
Apesar do jogo ser a noite, o clima estava quente, e o estádio lotada reforçava ainda mais o calor. O jogo começou equilibrado, com ações ofensivas de ambas equipes. O Leão conseguiu abrir o placar no final do primeiro tempo, após uma finalização de Oswaldo.
No segundo tempo, o time enfraqueceu após as substituições (entrada de Edinho e Marlon). O Time paulista cresceu na partida e conseguiu o empate e logo em seguida a virada. Antes do final, ainda conseguiu ampliar o marcador e dar números finais à partida.
Na tarde ensolarada deste 27 de junho, fui participar da inauguração da quadra de volei da Ibc.
Imaginei que seria um torneio de duplas, mas houve times de quatro atletas. Eu e o Gleidson jogamos apenas uma partida e acabamos sendo eliminado por um dos quartetos que chegaram a final.
Suspense Ted Bundy - A Irresistível Face do Mal [Extremely Wicked Shockingly Evil and Vile, Estados Unidos, 2019], de Joe Berlinger, apresenta a história de um dos serial killers mais perigosos dos anos 1970, que, além de ser um assassino, era sequestrador, estuprador, ladrão e necrófilo. Filme bem interessante, embora apresente apenas a versão das mulheres do Ted.
Cinebiografia de Ted Bundy (Zac Efron), serial killer que matou, pelo menos, 30 mulheres em sete estados norte-americanos durante a década de 1970. Bundy se tornou famoso em todo o país, em parte por causa da fama de sedutor, que levou a conquistar várias fãs, e em parte por ter efetuado sua própria defesa nos tribunais. A trajetória do psicopata é contada pelo ponto das mulheres que amou: Liz Kendall (Lily Collins), com quem se casou, e Carole Ann Boone (Kaya Scodelario), amante que o apoiou durante o longo julgamento nos tribunais e que teve uma filha com Bundy já preso.
Ted é um homem bonito, inteligente, carismático, efetuoso. Liz a típica mãe solteira, cautelosa, mas apaixonada. A imagem da felicidade doméstica, a vida deste casal parece perfeita. Mas isso apenas até Ted ser preso e acusado de uma série de assassinatos particularmente tenebrosos. À medida que a sua preocupação se transforma em paranoia, Liz vê-se forçada a reavaliar o quão bem conhece o homem com quem partilha a sua vida e, com a acumulação das provas, decidir se Ted é de facto uma vitima inocente ou um verdadeiro culpado.
Liz tornou-se uma de suas defensoras mais leais, recusando-se a acreditar na verdade sobre Ted. É incrível como passamos a acreditar n história de Bundy, de seus numerosos e terríveis crimes é contada pelos olhos de Elizabeth. Em determinado momento, o filme se torna um típico filme de tribunal, com o julgamento ocorrendo sob os holofotes da imprensa. No final, vemos algumas cenas reais do que foi mostrado no filme, dando ainda mais credibilidade ao que foi contado pelo longa.
Veja trailer de Ted Bundy - A Irresistível Face do Mal :
Suspense baseado em fatos reais ocorridos em 2008, Atentado ao Hotel Taj Mahal [Hotel Mumbai, Austrália, Índia, Estados Unidos, 2016], de Anthony Maras em sua obra de estreia, que consegue nos manter presos na poltrona, sentindo um pouco do pesadelo vivido por quem enfrentou esse atentado terrorista realizado pelo grupo islâmico Lashkar-e-Taiba, que executou doze ataques pela Índia, concentrados principalmente na cidade de Mumbai, com tiroteios e explosões que deixaram 164 mortos e mais de 300 feridos.
A história real de humanidade e heroísmo, baseada nos ataques terroristas ao famoso Hotel Taj Mahal em Mumbai, na Índia, no ano de 2008. Um grupo de terroristas chega à cidade de barco, disposto a promover uma série de ataques em locais icônicos da cidade, inclusive no famoso e luxuoso hotel Taj Mahal, bastante conhecido pela quantidade de estrangeiros e artistas que nele se hospeda. Mumbai ficou literalmente sitiada.
Quando os ataques começam, o humilde funcionário Arjun (Dev Patel) tenta ajudar todos a se protegerem, enquanto David (Armie Hammer) e Zahra (Nazanin Boniadi) buscam algum meio de retornar ao quarto em que estão hospedados, já que nele está seu bebê e Sally (Tilda Cobham-Hervey), sua babá. Entre os sobreviventes, está também o renomado chef Hemant Oberoi (Anupam Kher), que arriscou sua vida para proteger as demais vítimas.
Me chamou atenção o fato da força policial local não ser suficiente para combater o atentado, mais parecendo se tratar de um vilarejo, do que uma grande cidade que é o centro financeiro indiano. O longa é eficiente e contundente em sua proposta. Não temos uma espetaculização da violência sobre a tragédia real, embora a insensibilidade com que os terroristas operam é palpável e transmitida com uma verossimilhança inacreditável.
O filme usa de forma correta imagens de notícias reais em televisões, sendo algo que torna sempre um filme mais impactante e crível, sendo uma maneira inteligente de lidar com a exposição, permitindo que a trama avance rapidamente. Não vemos um clima melodramático, que muitas produções inspiradas em fatos reais se aproveitam. Vale o ingresso.
29° Cine Ceará anuncia os sete longas selecionados para a Mostra Competitiva Ibero-americana
São cinco filmes de ficção e dois documentários.Dos sete, quatro têm diretoras mulheres.
“Canção sem nome”, do Peru. Direção de Melina León
Sete filmes inéditos no Brasil, entre os quais dois brasileiros em première mundial, vão compor a Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem do 29º Cine Ceará, que acontece de 30 de agosto a 6 de setembro em Fortaleza. Cinco dos filmes chegam com passagens bem-sucedidos por alguns dos mais importantes festivais do mundo, como Cannes, Berlim, Toronto e Roterdã.
O documentário “Vozes da Floresta”, da carioca Betse de Paula, e “Notícias do fim do mundo”, do cearense Rosemberg Cariry, são os dois longas que terão estreia mundial no Cine Ceará. Do Brasil, também estão na Mostra as produções “Greta”, primeiro longa-metragem do cearense Armando Praça, que teve sua estreia em fevereiro na mostra Panorama do Festival Internacional de Cinema de Berlim, e o documentário “Ressaca”, com direção de Patrizia Landi e Vincent Rimbaux, exibido pela primeira vez em janeiro deste ano na principal mostra do FIPADOC, Festival Internacional de Documentários realizado em Biarritz, na França.
Completam a mostra o peruano “Canção sem nome”, de Melina León, que estreou no Festival de Cannes, o cubano “A viagem extraordinária de Celeste García”, de Arturo Infante, que teve estreia no Festival de Toronto, e “Luciérnagas”, do México, com direção de Bani Khoshnoudi, exibido pela primeira vez no Festival de Rotterdã.
O crítico de cinema e cineasta Eduardo Valente integrou a curadoria da Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem desta edição, com Margarita Hernández e a colaboração de Wolney Oliveira. Eduardo Valente já trabalhou para vários festivais de cinema no Brasil e no exterior, tendo sido diretor artístico do Festival de Brasília entre 2016 e 2018. Desde 2017 é o delegado no Brasil para o Festival de Berlim. Como realizador ganhou, entre outros prêmios, o de Melhor Curta e Melhor Diretor de Curtas no Cine Ceará e o primeiro prêmio no Festival de Cannes na Mostra Cinefondation, em 2002 com o filme “Um Sol Alaranjado”.
Segundo Eduardo Valente, a seleção de longas ilustra os grandes momentos vividos pelo cinema ibero-americano, assim como em especial o brasileiro e também o cearense. “São cinco filmes de ficção e dois documentários que apresentam uma gama variada de temáticas de enorme importância no mundo contemporâneo, com personagens e narrativas altamente engajantes, que vão fazer com que o público do Cineteatro São Luiz se emocione, descubra e leve consigo histórias que reforçam a potência criadora e modificadora da arte cinematográfica”, explica o curador.
O 29º Cine Ceará é uma promoção da Universidade Federal do Ceará, através da Casa Amarela Eusélio Oliveira, com apoio do Governo do Estado do Ceará por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (SIEC), Secretaria Estadual da Cultura, e da Prefeitura de Fortaleza através da Secultfor. Conta com patrocínio de empresas públicas e privadas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, através da SP Combustíveis, M. Dias Branco, Café Santa Clara e Cegás. Agradecimentos: Enel. A realização é da Associação Cultural Cine Ceará, Bucanero Filmes e da Secretaria Especial da Cultura – Governo Federal.
OS LONGAS DA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA
El viaje extraordinario de Celeste García / A viagem extraordinária de Celeste García. Dir. Arturo Infante. Ficção. 2018. 92min. CUBA.
Canción Sin Nombre / Canção sem nome. Dir. Melina León. Ficção. 2019. 97min. PERU.
Greta. Dir. Armando Praça. Ficção. 2019. 96min. BRASIL.
Luciérnagas. Dir. Bani Khoshnoudi. Ficção. 2018. 85min. MÉXICO.
Notícias do fim do mundo. Dir. Rosemberg Cariry. Ficção. 2019. 70min. BRASIL.
Ressaca. Dir. Patrizia Landi e Vincent Rimbaux. Documentário. 2018. 86min. BRASIL.
Vozes da Floresta. Dir. Betse de Paula. Documentário. 2019. 95min. BRASIL.
SERVIÇO
29°Cine Ceará - Festival Ibero-americano de Cinema - De 30 de agosto a 06 de setembro de 2019 em Fortaleza. Informações: www.cineceara.com. E-mail:contatos@cineceara.com. Tel: (85)3055-3465 e 99134-1101. Toda a programação tem acesso gratuito.
Corajoso drama autobiográfico Dor e Glória [Dolor y gloria, Espanha, 2019], de Pedro Almodóvar expõe muito do que conhecemos acerca do diretor acerca dos filmes que já vimos, sendo praticamente uma síntese de sua obra. Entre lembranças e reencontros, o filme reflete sobre sua infância na década de 1960, seu processo de imigração para a Espanha, seu primeiro amor maduro e sua relação com a escrita e com o cinema.
Acompanhamos uma série de reencontros de Salvador Mallo (Antonio Banderas), um melancólico diretor de cinema em declínio, uma espécie de alter-ego do Almodóvar. Alguns físicos, outros de suas lembranças: sua infância nos anos 60, quando ele emigrou com os pais para Paterna, uma cidade de Valência em busca de prosperidade, o primeiro desejo, seu primeiro amor adulto e em Madrid, nos anos 80, a dor do fim desse amor, quando ele ainda estava vivo e pulsante, a escrita como a única terapia para esquecer o inesquecível, a descoberta precoce do cinema e do vazio, o vazio imensurável diante da impossibilidade de seguir.
O filme fala sobre aspectos relacionados a criação, da dificuldade de separá-la da própria vida e das paixões que lhe dão sentido e esperança. Na recuperação de seu passado, Salvador encontra a urgente necessidade de narrá-lo e, nessa necessidade, encontra também sua salvação.
É incrível como os filmes de Almodóvar tem uma estética peculiar, um ritmo agradável e eles são fáceis de ter simpatia. Por mais que exagere nas cenas do uso de droga e tenha uma cena de beijo com o antigo namorado, Federico (Leonardo Sbaraglia) que poderia ser evitada, acompanhamos tudo com afinco. Almodóvar é de fato um dos mestres da sétima arte.
Live action em CGI O Rei Leão [The Lion King, Estados Unidos, 2019], de Jon Favreau, reprisa o roteiro da animação original de O Rei Leão (1994), mas o que se destaca é a trilha assinada por Elton John e Tim Rice, a mesma dupla do original.
Simba (Ícaro Silva), futuro rei da Pedra do Reino, idolatra seu pai, o rei Mufasa, e é fiel ao seu destino de assumir o reinado. Mas nem todos pensam da mesma maneira. Scar, irmão de Mufasa e ex-herdeiro do trono, tem seus próprios planos. A batalha pela Pedra do Reino é repleta de traição, eventos trágicos e drama, o que acaba resultando no exílio de Simba.
Traído e exilado de seu reino, o leãozinho Simba precisa descobrir como crescer e retomar seu destino como herdeiro real nas planícies da savana africana.
Com a ajuda de novos e inusitados amigos, Simba terá que crescer e voltar para recuperar o que é seu por direito.
O longa mantém os elementos espirituais da história original e não suaviza as cenas de violência cruciais para a história. A apuro técnico é tão grandioso, que acaba tirando o brilho dos acontecimentos. Apesar disso, fica a sensação de que já extraíram o máximo da história. Até a nostalgia me pareceu insuficiente.
Neste 21 de julho de 2019, aconteceu no Garrote Village a Copa Maria Bonita de Orientação, evento válido também como a 4ª etapa do Campeonato Cearense de Orientação 2019.
Tive o privilégio de atuar como árbitro do evento, e pude auxiliar na medida do possível, nos imensos trabalhos que envolvem realizar uma prova de orientação.
A Dona Sâmia foi participar da brincadeira e se divertiu bastante, participou do concurso Mulher Arretada, fez uma boa prova na Dama Veterano Novato, apesar de ainda necessitar de ajuda, ela ficou feliz simplesmente em completar o percurso sendo a campeã.
Teve forró na área de concentração, e foi muito divertido estar reunido com a comunidade orientista.
Comédia romântica Um Homem Fiel [L'homme fidèle, França, 2018], de Louis Garrel, mostra como são os relacionamentos modernos, onde os amores são tratados de modo inconsequente e superficial, com a infidelidade sendo naturalizada.
Na trama, Marianne (Laetitia Casta) deixa Abel (Louis Garrel) por Paul, seu melhor amigo e pai de seu futuro filho. Nove anos depois de deixá-lo pelo seu melhor amigo, a agora viúva Marianne volta para o jornalista Abel. Porém, o que parece um belo recomeço logo se mostra bem mais complicado e Abel se vê enrolado em um monte de drama, como as maquinações do estranho filho de Marianne, Joseph e a questão de afinal o que aconteceu com o ex marido dela.
O triangulo amoroso é formado com a irmã de Paul, Eva (Lily-Rose Depp), que secretamente ama Abel desde a infância. O interessante do filme é o tom cômico da situação densa que vemos acontecer. Às vezes parece tão surreal, que acabamos envolvidos no emaranhado da situação. Por mais inusitada que seja a situação, o modo como é apresentado torna a situação plausível.
Revi Toy Story 4de John Lasseter, Josh Cooley, com o Sahel. Sou fã incondicional da franquia sobre os brinquedos que ganham vida na ausência de humanos. Esse quarto filme, fala sobre a ascensão e a queda da amizade e mostra como um cristão deve agir quando um semelhante se sentir um lixo e não valorizar o fato de ser uma criatura do Criador.
Esses dias, li um texto da Pra Ana Paula Rosa, que reproduzirei a seguir, pois de fato relata o que podemos como cristão, ver no quarto filme da franquia.
"Olhando o filme Toy Story por essa perspectiva nota-se claramente a figura da igreja. A trama se desenrola agora com os brinquedos morando agora na casa da pequena Bonnie. Então Woody apresenta aos amigos o novo brinquedo construído por ela: garfinho, baseado em um garfo de verdade. Masss... Garfinho não gosta nenhum pouco da ideia de agora ser "um brinquedo" o que se torna um desafio para a turminha do quarto: Convencer o garfinho de que ele foi criado pela Bonnnie e que agora ele é um brinquedo - porque ele acredita que ele é um LIXO! Todas as vezes que ele vê uma lata de lixo ele fica todo alvoraçado se identificando com aquele "ambiente". Então os outros brinquedos começa a vigia-lo para que ele não volte para o LIXO, uma vez que ele não pode ver uma lata de lixo que ele pula dentro... Tem um momento muito interessante que o Woody pergunta para ele porque ele se comporta daquela forma e o Garfinho diz que é porque ele foi feito daquilo, ele foi feito para ser DESCARTÁVEL... acreditando firmemente que ele não tem valor algum e que foi feito para usado e jogado fora..
Woody começa a ministrar sobre ele uma verdade que ele ainda não havia se dado conta dizendo que agora é diferente, que a Bonnie havia feito ele, usando ainda uma expressão mais forte ainda: "A Bonnie AMA você"!
Quantas vezes nós pastores deparamos com pessoas como esse garfinho - que não consegue enxergar o quão amados por Deus eles fora através do sacrifício de Jesus na cruz. E muitas vezes temos que ficar "vigiando" essas pessoas porque volta e meia elas estão se jogando no "lixo do pecado" outra vez. Voltando as práticas que as fazem sofrer, que as prejudicam, que as adoecem.. porque não acreditam que há valor nelas.. . Aquele garfinho em sua essência era de fato lixo, sem valor. Mas qual o valor dele agora? É porque ele era amado por aquela garotinha que o criou. Em um dado momento ele indaga querendo garantias e pergunta: "Como é que eu sei que eu sou um brinquedo e não um lixo?" E então ele entende que essa garantia está embaixo do pesinho dele onde está escrito o nome da Bonnie...
Ei! É por causa do seu dono que você tem valor! É por quem te criou! Quem escreveu teu nome na palma da mão! É por causa daquele que escreveu teu nome no livro da vida no dia em que você o aceitou... É AÍ QUE ESTÁ O TEU VALOR! O seu valor não está naquilo que você fez de ruim, como também não está naquilo que você fez de bom, o seu valor está por causa do NOME que está sobre a tua vida! Você realmente continua não tendo valor se olhar pra você com os olhos humanos, mas se olhar com os olhos de Cristo encontrará um valor inestimado. Valor de sangue! Repita comigo: EU NÃO SOU LIXO. EU SOU AMADO POR JESUS!
Por Pra. Ana Paula Rosa"
Também fiquei extremamente emocionado quando vi o vídeo abaixo, que fala sobre a ascensão e queda da amizade. De fato às vezes é necessário deixarmos nossos amigos irem. Não foi fácil Woody se despedir da turma, como não é fácil um pai deixar um filho partir, como não é fácil crescer e deixar os brinquedos para trás.
Quem me conhece sabe como amo a franquia Toy Story e como os filmes sempre se relacionaram comigo. Seja com o Ronald de 10 anos em Toy Story 1, o adolescente que viu Toy Story 2, ou o adulto prestes a se tornar pai em Toy Story 3. Que privilégio poder ver um filme da franquia Toy Story nos cinemas com meus filhos...
Veja o vídeo Ascensão e queda da amizade e se emocione:
Infantil alemão A Pequena Travessa [Little Miss Dolittle, Alemanha, 2018], de Joachim Masannek é mais um filme de crianças que falam com animais. Podia abordar melhor a história para cativar o público adulto, pois mostra um pai que está sempre lendo um livro, uma mãe que luta para sustentar a família que está sempre de mudança, mas foca totalmente no mistério dos animais desaparecidos, sem explicar claramente como a menina consegue falar com os bichos.
A pequena travessa Lilli Susewind (Malu Leicher) fala com animais, mas, com exceção de seus pais e sua avó, ninguém mais conhece seu talento especial, que já lhe trouxe problemas suficientes no passado. Quando a menina conhece o distante e misterioso Jess (Aaron Kissiov), lentamente começa a confiar nele. Junto com Jesus e seus novos amigos do grupo de estudos do zoológico, Lilli começa uma busca pelo bebê elefante, Ronni, que foi sequestrado por um ladrão de animais. Agora, a habilidade de Lilli de se comunicar com os animais é sua única esperança!
Por mais que os personagens sejam caricatos e à primeira vista já é possível imaginar qual será o papel que terão na história, o roteiro sem inspiração segue uma linha pueril. A divisão entre bonzinhos e malvados é facilmente reconhecível. Os personagens coadjuvantes não têm força ou a originalidade necessária e alguns se resume à excentricidade das roupas, ou a se prestar de bobalhão, como a figura dos policiais atrapalhado não diverte.
Por mais fraquinho que o filme seja, e se limite ao seu público alvo, é sempre bom termos opções para criançada nas salas de cinema, ainda mais no período de férias escolares. É sempre bom termos filmes com lições sobre compaixão e respeito ao próximo.
Nesse domingo de sol, tivemos a oportunidade de conhecer o Mandara Lanai, condomínio fechado no Porto das Dunas, onde encontramos os voluntários que serviram no Acampamento #WiFiHelp.
Fizemos um churrasco colaborativo, e aproveitamos da estrutura do local, com belas piscinas que proporcionaram bons momentos de diversão.
Após um dia etiquetando área da 4ª etapa do CCO, corri para Arena Castelão entrando no estádio bem na hora do jogo do Leão.
Com dois gols de Wellington Paulista, o Fortaleza bateu o Avaí por 2 a 0, neste sábado (13), na Arena Castelão, pela 10ª rodada da competição. Não foi um jogo bonito, mas o Tricolor do Pici soube vencer as adversidades, principalmente a saída precoce do atacante Osvaldo, para chegar aos 13 pontos. O time catarinense, por outro lado, segue afundado na lanterna, com quatro pontos somados em 10 jogos. Nenhuma vitória. Brenner ainda marcou no fim, mas estava em posição irregular.
O Fortaleza apresentou muita dificuldade na saída de bola no início do primeiro tempo. O Avaí soube ter mais posse, mas não teve a boa finalização para fazer o gol. Quando Pedro Castro arriscou, Felipe Alves salvou. Sob forte marcação, o time comandado por Rogério Ceni ainda sofreu um duro golpe: a saída precoce do atacante Osvaldo, que sentiu a panturrilha esquerda, dando espaço a Kieza. André Luis, recuperado após pancada no joelho, recebeu cruzamento de Carlinhos e bateu muito bem, mas Betão tirou quase em cima da linha. Explorando a jogada aérea, Wellington Paulista teve frieza e precisão para fazer o primeiro do Fortaleza no confronto.
As duas equipes criaram possibilidades, já que André Luis também teve uma boa chance na sequência. Mas, na tarde deste sábado, triunfou a experiência de Wellington Paulista. Mais uma vez bem posicionado, o atacante subiu mais alto do que todos e colocou por baixo das pernas de Vladimir. Ainda assim, as dificuldades do ataque de Ceni ficaram latentes. Kieza não rendeu bem, e Romarinho não teve a velocidade exigida no jogo. Com o resultado, o Fortaleza soma 13 pontos e fica no meio da tabela.
FICHA TÉCNICA Fortaleza 2 x 0 Avaí
Data: 13/07/2019
Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Hora: 17h (de Brasília)
Gols: Wellington Paulista, aos 45 minutos do primeiro tempo e aos 22 do segundo tempo.
Fortaleza: Felipe Alves, Gabriel Dias, Quintero, Roger Carvalho e Carlinhos; Felipe, Juninho, Romarinho e Osvaldo (Kieza); André Luís (Paulo Roberto) e Wellington Paulista (Marlon). Técnico: Rogério Ceni.
Avaí: Vladimir, Léo (Caio Batista), Betão, Luanderson e Igor Fernandes; Pedro Castro, Julinho (Luan Pereira), Lourenço, Douglas e Gustavo Ferrareis (João Paulo); Brenner. Técnico: Alberto Valentim.
Na manhã deste 11 de julho, fui com a família para praia aproveitar um pouco das férias escolares dos meninos.
Brincamos na areia, fizemos castelos, piscinas e tomamos banho de mar também. Mariana além de conversar com um vendedor de chapéus, saboreou um caranguejo. Foi uma manhã preciosa!
Outro filme que mereceu uma revisita foi Capitã Marvel, de Anna Boden, Ryan Fleck, que numa primeira assistida achei desnecessário (pré Vingadores), mas que se mostra divertido e interessante do ponto de vista do empoderamento feminino.
A aventura sobre Carol Danvers (Brie Larson), ex-agente da Força Aérea norte-americana, que, sem se lembrar de sua vida na Terra, é recrutada pelos Kree para fazer parte de seu exército de elite. Inimiga declarada dos Skrull, uma raça alienígena, ela acaba voltando ao seu planeta de origem para impedir uma invasão dos metaformos, e assim vai acabar descobrindo a verdade sobre si, com a ajuda do agente Nick Fury (Samuel L. Jackson) e da gata Goose.
O longa tem uma mensagem de aceitação das diferenças, com foco em imigrantes rejeitados pelo simples fato de serem imigrantes. Algo bem atual num mundo de preconceitos estabelecidos. O roteiro segue a cartilha de personagem com poderes que precisa mergulhar no passado para seguir adiante.
Na programação de férias do Cine São Luiz, revi com as crianças e a Júlia Marcelino o blockbuster Aquaman de James Wan, baseado na HQ homônima de Geoff Johns, que se mostrou um pouco melhor numa revisita.
O longa mostra a origem de Arthur Curry (Jason Momoa), meio homem, meio atlante, que embarca em uma jornada para descobrir quem ele realmente é e se ele é digno de seu destino: ser rei. O super-herói que habita os mares tem então sua origem mostrada. Lamento que as cenas do farol não sejam tão caprichadas como as do fundo do mar, embora a batalha de sua Atlanna (Nicole Kidman) seja interessante. Mas vale conhecer Tom Curry (Temuera Morrison), pai do Aquaman.
O relacionamento com Mera (Amber Heard) é bem desenvolvido. Tem uma cena de perseguição do Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II), que me lembrou muito o seriado dos Power Rangers, pelo visual do vilão. Gostei do apoio de Vulko (Willem Dafoe), que o treinou secretamente desde a adolescência.
Animação da Ilumination Pets - A Vida Secreta dos Bichos 2 [The Secret Life of Pets 2, Estados Unidos, 2016], de Chris Renaud, dá continuidade a história de Max e seus amigos peludos, seguindo suas vidas secretas quando seus donos saem de casa para a escola, ou para o trabalho. É fácil se encantar com os filmes da Iluminations, com tiradas rápidas, divertidas e voltadas para o público infantil.
Na trama dessa continuação, acompanhamos suas jornadas em busca de coragem para enfrentar grandes desafios e seus maiores medos. Em Nova York, a vida de Max e Duke muda bastante quando sua dona tem um filho. De início eles não gostam nem um pouco deste pequeno ser que divide a atenção, mas aos poucos ele os conquista. Não demora muito para que Max se torne superprotetor em relação à criança, o que lhe causa uma coceira constante. Quando toda a família decide passar uns dias em uma fazenda, os cachorros enfrentam uma realidade completamente diferente com a qual estão acostumados.
Assim, vemos como se dá a relação dos bichos com crianças, haja visto que no primeiro filme o foco são os donos adultos. Com um roteiro maduro, acompanhamos com atenção a rotina desses bichos. Os novos personagens acrescentam à trama, que ocorrem e m paralelo, na fazenda, onde vemos com muito afeto, o comportamento de Max, e na vizinhança onde Daysi e Bola de Neve no modo super-herói tentam libertar um tigre do circo. No clímax as histórias se cruzam e fica um pouco frenética, mas o filme cumpre seu papel.
A dublagem nacional de Danton Mello (Max), Garcia Júnior (Galo), Tiago Abravanel (Duke), Angelica Borges (Gigi), Dani Calabresa (Daisi), Monica Rossi (Chloe) e companhia está muito boa. As cenas da Gigi treinando para ser uma gata e recuperar a bolinha de Max são hilárias.
Veja trailer de Pets - A Vida Secreta dos Bichos 2:
Blockbuster Homem-Aranha - Longe de Casa [Spider-Man - Far From Home, Estados Unidos, 2017], de Jon Watts, segue os eventos de “Vingadores: Ultimato”, com o retorno da metade dos seres vivos que havia sido eliminada por Thanos, e com o aracnídeo amigo da vizinhança fazendo uma Eurotrip tendo que encarar novas ameaças em um mundo que mudou para sempre.
Logo no início, recebemos a explicação de que no Universo Marvel nos Cinemas, as pessoas que sumiram em Vingadores: Guerra Infinita, voltaram 5 anos depois, mas sem ter envelhecido. Quem permaneceu vivo envelheceu este mesmo período, é claro, mas quem retornou no blip ressurge com a mesma idade de quando desapareceu. O que já causa uma estranheza por si só. Concluo então que o filme se passa em 2024.
Peter Parker (Tom Holland) decide se juntar a seus amigos Ned, MJ e o resto da turma para uma viagem de férias na Europa. No entanto, o plano de Peter de deixar as tarefas de super-herói para trás por algumas semanas é rapidamente frustrado quando ele relutantemente concorda em ajudar Nick Fury (Samuel L. Jackson) a desvendar o mistério por trás de vários ataques de seres elementais que espalharam o caos pelo velho continente.
Precisando de ajuda para enfrentar monstros nomeados como Elementais, Fury o convoca para lutar ao lado de Mysterio (Jake Gyllenhaal), um novo herói que afirma ter vindo de uma Terra paralela. Além da nova ameaça, Peter precisa lidar com a lacuna deixada por Tony Stark, que deixou para si seu óculos pessoal, com acesso a um sistema de inteligência artificial associado à Stark Industries.
Como filme, preferi o antecessor, Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2016) tem um vilão muito melhor que o Mysterio (Jake Gyllenhaal) e apesar do clima desse ser bem divertido, não engoli o fato de Peter continuar tão ingênuo, mesmo depois de tudo que ele viveu com Tony Stark e os vingadores, à ponto de acreditar em tudo que os jornais dizem e entregar sua herança recebida do Homem de Ferro, para o primeiro suposto herói que cruzou seu caminho. Também achei forçado o uso militar de drones e da realidade aumentada. A cena final é ótima ao trazer J. K. Simmons de volta a franquia, no mesmo personagem do clássico Homem-Aranha, o J. Jonah Jameson, o jornalista do Clarin Diário.
