sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Filme: Fruitvale Station - A Última Parada



Na noite do dia 31 de janeiro de 2014, estive pela primeira no cinema Estação Botafogo, para ver a estréia de "Fruitvale Station - A Última Parada", que não entrou em cartaz em Fortaleza. Tive a felicidade de conferir o primeiro longa da minha lista de melhores filmes no cinema em 2014.

A história se passa nos EUA em 2008 e nos apresenta a história verídica de Oscar Grant (interpretado de forma brilhante e convicente por Michael B. Jordan), que aos 22 anos de idade, acaba de ser demitido do emprego por chegar constantemente atrasado. 
Ele esconde esta notícia de Sophina (Melonie Diaz), a mãe de sua filha, por achar que pode recuperar o emprego após conversar com seu chefe. Bastante ligado à mãe (Octavia Spencer), Oscar enfrenta problemas quando resolve ir com Sophina ver as festividades de ano novo em San Francisco.

Ele vive na periferia de San Francisco, ama seus amigos e é generoso com estranhos. Na manhã do dia 31 de dezembro de 2008 ele sente uma estranha tensão no ar ao acordar. Resolve então passar o dia adiantando suas resoluções de ano novo: tornar-se um filho melhor, um namorado melhor e também um pai melhor para T sua linda filha de 4 anos.
No entanto, algo trágico interrompe seus planos. O filme é extremamente real. Vemos que todo ser humano, pode ser bom ou ruim, dependendo do ângulo que vemos. Fiquei angustiado, pois no início, vemos imagens originais (gravadas em celular) de Oscar sendo baleado pela polícia. 
Então, voltamos no tempo para mostrar o último dia de sua vida. Vemos também alguns flashbacks que nos mostram uma época em que ele chegou a ser preso.

O fato é que à medida que vemos os acontecimentos, a sensação de angústia vai crescendo. A namorada quer porque quer ir ver os fogos, embora ele insista em não ir. A mãe recomenda eles irem de trem, sendo que a intenção é ir de carro... Parece que tudo cooperou para que o inesperado acontecesse. Vemos então o desespero dos familiares e amigos frente à tragédia ocasionada pelo despreparo do policial que achou estar manipulando uma arma elétrica.

No fim do filme, é impossível não se emocionar com a homenagem ocorrida no último ano, onde vemos a filha de Oscar participando tristemente e sendo consolada pela mãe. Podem até achar o filme piegas ou sentimentalista, mas eu adoro quando o cinema me faz conhecer uma história como esta. 

Lembrou-me um pouco o ocorrido com "Jean Charles" e apresentado no filme de Henrique Goldman com Selton Mello e Vanessa Giacomo. Principalmente ao saber o destino dos principais envolvidos, nos créditos finais... É de se revoltar com a injustiça nesses casos. Confio no texto sagrado que diz: "Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem." Romanos 12:21

Ryan Coogler estreia bem na direção deste longa metragem, e também assina o roteiro. Produzido pelo ator Forest Whitaker. Venceu o Prêmio Avenir na Mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes 2013 e foi eleito o melhor filme no Sundance Film Festival 2013. Altamente recomendado. Em Fortaleza, é torcer para ele ser exibido nas sessões do Cinema de Arte. Nota 10/10.

Segue trailer:

Orgulhosa Demais, Frágil Demais no Teatro dos Correios


Na tarde/noite do dia 31 de janeiro de 2014, fui ao Teatro dos Correios no Centro Cultural dos Correios no Rio de Janeiro, conferir o espetáculo "Orgulhosa Demais, Frágil Demais".

Em 1962, um grande evento em comemoração dos 45 anos do então presidente americano John Kennedy reuniu duas divas: a cantora lírica Maria Callas (1923-1977), convidada a entoar árias de Carmen, de Bizet, e a atriz Marilyn Monroe (1926-1962), que assombrou os presentes com uma sensual interpretação de "Happy Birthday tou you" o nosso Parabéns a Você!

A peça teatral "Orgulhosa Demais, Fragil Demais" de Fernando Duarte, inspirado no romance de Alfonso Signorini, sob a direção de Sandra Pêra e com a realização da Voleio Produções, estreiou em 13 de dezembro no Teatro do Centro Cultural Correios, no centro do Rio, e ficará em cartaz até 2 de fevereiro (7 semanas).

Estrelada pela atriz Samara Felippo (que atrasou um pouco neste dia, devido o trânsito na Linha Amarela), interpreta a grande Diva do cinema Marilyn Monroe, uma das mulheres mais desejadas do mundo, e por Rita Elmor, na pele da soprano Maria Callas. A história se passa dentro do camarim de Marilyn, na noite histórica em que as duas cantaram para o Presidente John Kennedy no Madison Square Garden, em Nova York.





A partir desse episódio real, o autor Fernando Duarte criou um diálogo fictício entre as duas personagens. Confesso que o diálogo é realmente crível, haja visto os acontecimentos posteriores na vida de ambas.
Sob a ótica feminina, temas como insegurança, solidão e vaidade aparecem nesta conversa de tintas documentais, ancorada basicamente na exposição de fatos da vida das duas. Assim, o texto soa indeciso entre o drama e a comédia, e apenas insinua, sem nunca levar a cabo, conflitos potencialmente interessantes que poderiam surgir das diferenças de personalidade entre a austera Callas (Rita Elmôr) e a esfuziante Marilyn (Samara Felippo).
Samara Felippo está mais linda do que nunca. Um pouco estranha loira, é verdade, mas com um corpo malhado e escultural, ela conseguiu encarnar a persona de Monroe, tanto o lado mais efusivo, mas principalmente o o lado dramático.

Rita Elmor está muito correta em seu papel. Com a classe de sua personagem, ela pediu desculpas à plateia pelo atraso na apresentação. Sua frieza e solidez, confere um equilíbrio sensacional a peça, embora a Samara Felippo roube a cena. Acho inclusive que ela verdadeiramente encarnou o papel de Marilyn Monroe, de modo que o pequeno atraso foi mais um fetiche que de sua personagem...
A direção de Sandra Pêra dribla o problema da diferença de personalidade, investindo na dinâmica entre as atrizes, que estão ótimas e convincentes em suas personagens. O figurino está correto, a trilha sonora é interessante, pois são tocadas as músicas que foram entoadas na festa ao presidente. A duração do espetáculo é de apenas 60 minutos, o que pode parecer muito para um diálogo entre duas pessoas, mas se mostra rápido e ágil.
Segue teaser:





Segue algumas cenas:





Filme: A Ferida Aberta

Na tarde do dia 31 de janeiro de 2014, estive novamente no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, para ver o filme "A Ferida Aberta" na Mostra "O Cinema de Maurice Pialat".
Um parente enfermo com alguma enfermidade grave é capaz de unir uma família. Neste longa de 1974, vemos a história de uma senhora,  mãe de um filho, que descobre que está irremediavelmente doente. Então, decide partir para o interior com seu filho e sua nora, para passar seus últimos momentos na casa onde viveu com o marido e criou o filho.

Seu marido sempre foi distante e infiel. Então, a família se une e passam a viver juntos em prol da causa de tratar da parente vítima de câncer. Fiquei com receio de se tratar de um filme como o horrendo "Amor" de Mike Haneke, mas não.

A bíblia sagrada orienta que quan houver alguém entre nós doente, devemos chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. Tiago, chamado por Paulo de "o irmão do Senhor" afirma ainda que "A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E, se houver cometido pecados, ele será perdoado. " (Tiago 5:14-15)

Espero não ter que enfrentar essa drama em minha família, mas sei que isto faz parte da vida, e essas escolhas nós não fazemos. Minha oração, é para que Deus leve em paz meus parentes. Claro que se algum parente necessitar de cuidados, terá toda a minha atenção, mas prefiro dar atenção enquanto a pessoa estiver lúcida, pois quando estiver debilitada, o sacrifício será válido apenas diante de Deus.

Lamento muitas pessoas, que só dão atenção quando a pessoa já está num estado deplorável, sem nunca antes ter prestado qualquer tipo de solidariedade. É como se a consciência ficasse pesada e a pessoa então tivesse que compensar a ausência ao longo de toda a vida da pessoa. Foi isso que de certa forma percebi no filme. Nota: 5/10.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Filme: Todos os Dias



Na noite do dia 30 de janeiro de 2014, fui ao Estação Rio em Botafogo para ver o filme "Todos os Dias" de Michael Winterbottom.

O drama apresenta o casal Karen (Shirley Henderson) e Ian (John Simms), que são pais de quatro crianças pequenas, e se amam profundamente. Eles levam uma rotina pacífica nos subúrbios da Inglaterra, apesar das dificuldades financeiras. No entanto, o relacionamento dos dois é abalado quando Ian é condenado a cinco anos de prisão, por razões que Karen desconhece.

Longe da prisão a vida continua com as crianças inclusive se envolvendo em brigas na escola quando um colega faz piada sobre o pai deles. Durante todos esses anos, Karen tenta levar a sua vida sozinha, cuidando das crianças, trabalhando, visitando o marido na prisão e sonhando com o dia em que ele finalmente voltará para casa. 
Acontece que não é fácil para mulher nenhuma cuidar de quatro crianças sozinhas, trabalhar e nos fins de semana fazer uma via crúcis para visitar o marido na cadeia. Num momento de fragilidade, Karen sentindo-se solitária dorme com Eddie que ela conhece do pub onde trabalha. Próximo ao fim de sua sentença, Ian recebe liberdade condicional passar um dia com sua família, é quando Karen expõe para ele o caso extra-conjugal, esperando que o fato não abale o casamento. O marido reluta, mas o filme segue com a família vivendo normalmente os seus dias.
O grande incômodo do filme, é o fato de não sabermos os motivos que levaram Ian a ser preso. Só sabemos que ele é um bom pai, um marido dedicado, um filho atensioso. Somos colocado na pele de Karen, que também demonstra não saber e não se interessar pelo crime que o marido cometeu. Mas isso não impede de acompanharmos e termos interesse pela rotina diária dessa família. E como é interessante percebermos que o tempo passa, dia após dia e as coisas vão acontecendo... Temos que perceber a beleza dos pequenos detalhes que a rotina nos oferece.

Outro importante detalhe, é que o filme foi rodado durante 5 anos, mesmo tempo que transcorre na história. Assim, vemos o crescimento das crianças (especialmente na forma como elas lidam com a situação) e o evenlhecimento dos atores e dos personagens, sem a necessidade de maquiage. . Algo essencialmente criativo, belo e poético da parte de Michael Winterbottom que costuma ser extremamente minimalista e cuidadoso em seus trabalhos. O filme não tem clímax, o que pode parecer estranho, mas é algo bastante comum na vida da maioria das pessoas. Encerro meus comentários com o versículo de Mateus 6:34 "Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal."

Cinema é arte, embora possa ser usado como entretenimento, e outras formas. "Todos os Dias" foi indicado ao prêmio de melhor filme nos festivais de Londres e Tallinn, além de ser indicado ao BAFTA na mesma categoria. Méritos de Winterbottom. Meu trabalho preferido do diretor é o documentário "Caminho Para Guatánamo" Recomendo. Nota: 7/10.

Segue trailer:

Azul Resplendor no Sesc Ginástico


Na noite do dia 30 de janeiro de 2014, estive com o meu tio Fernando vendo a excelente peça teatral "Azul Resplendor" no Sesc Ginástico, Rio de Janeiro.


A peça é uma belíssima homenagem ao fantástico mundo do Teatro. Sou fã de teatro, mas em Fortaleza, o acesso a este tipo de entretenimento é muito restrito. Não encontramos preços populares para peças de alto gabarito como "Azul Resplendor". Sei que os custos são altos, então aproveitei minha rápida passagem pela cidade maravilhosa para conferir este espetáculo que trata das relações complexas que existem entre os envolvidos na criação de um espetáculo teatral.


Fica muito claro, e é exposto no palco, a questão da vaidade, dos jogos de poder, dos afetos e desafetos, das frustações, enfim, tudo que ocorre nos bastidores de uma apresentação, desde a concepção da ideia até a sua realização. Não imagino que tenha sido uma tarefa fácil mostrar no palco o que acontece atrás das cortinas. E somos curiosíssimos para saber o que se passa fora dos holofotes. Felizmente o texto do peruano Eduardo Adrianzén nos permite esse vislumbre. Vivemos numa época de culto às celebridades. No roteiro, percebemos uma crítica inteligente e bem humorada do interesse que os artistas despertam na sociedade. Em tempos de Internet, a vida de todos é de certa forma pública, e o interesse pelas celebridades só têm aumentado.


O elenco da peça é um show à parte. Talvez seja o grande trunfo, em especial a participação da excelente Eva Wilma, que com 80 anos de idade, e 60 de palco, ainda dá um show de interpretação. Ela já participou de 28 peças teatrais, 24 filmes, mais de 60 trabalhos na TV (entre mini-séries, seriados, tele-teatros e novelas). Poder rir de si mesma numa personagem tão paradoxal é uma oportunidade de poucos. Sorte a dela da existência de uma papel como este de Blanca Estela Ramírez (Eva Wilma).

Sua personagem é considerada uma das maiores estrelas de seu tempo, a atriz deixou os palcos no auge de sua carreira, sem dar maiores explicações. Desde então, vive só e reclusa. Seu retiro voluntário é então abalado por uma visita inesperada.
No apagar das luzes, onde o fogo exibe uma coloração de azul resplendor, a grande dama do teatro nacional terá de enfrentar a performance mais importante de sua vida ao receber de Tito Tápia (Renato Borghi, que também é o diretor da peça), ator sem nenhuma expressão na cena teatral, que passou a carreira fazendo personagens insignificantes, “pontas”, como se diz no jargão dos atores. Tápia retirou-se do palco há muitos anos para cuidar da mãe doente. Quando ela morre, Tito decide revolucionar sua vida. Seu primeiro ato de coragem é procurar a mulher que dominou sua imaginação desde a juventude: a grande Blanca Estela Ramírez.
Com um investimento altíssimo da herança de sua mãe, Tápia contrata o diretor teatral mais respeitado e badalado do país, Antonio Balaguer (Dalton Vigh). Sempre envolto em polêmicas, ele é cultuado como um grande gênio da vanguarda. Dono de um estilo magnético e inconfundível, o diretor provoca reações extremas entre seus pares e o público. Ninguém fica indiferente diante de Antônio Balaguer. No ápice de seu sucesso, o consagrado artista recebe a proposta irrecusável de dirigir a peça mostrada dentro da peça ("A Origem" feelings.)
Então, somos apresentados a fiel assistente de Antônio Balaguer, Glória (Luciana Borghi). Aquela que é responsável por organizar de maneira impecável as produções e a vida do “gênio”. No passado, foi uma grande promessa como diretora teatral, mas agora é uma mera desconhecida.
 Por fim os atores. Primeiro a melhor atriz da nova geração, Luciana Castro (Lu Brites). Protagonista absoluta em teatro, cinema e televisão. Completamente focada em sua carreira, a jovem diva é cobiçada pelas maiores produções do país. Sua presença garante uma aura de qualidade imediata a qualquer obra de ficção em que esteja envolvida. Sabe como exercer grande fascínio sobre seus diretores. É a atriz preferida de Antônio Balaguer. Depois o musculoso Giancarlo Varoni (Felipe Guerra), um ex-modelo revelado em um reality show de sucesso. Sua beleza apolínea acabou por transformá-lo no galã mais desejado da televisão. Seu talento como ator é questionável, mas sua capacidade para administrar bem a carreira é incontestável. Apesar de não gostar de teatro, o jovem astro sabe que trabalhar com diretores importantes como Antônio Balaguer irá “agregar valor” ao seu currículo.
Vemos então uma deliciosa montagem, com um homor próprio, e um charme elegante com várias tomadas criativas, como as que envolve um pequeno palco (no formato de uma TV) e a antológica cena da coletiva de imprensa às vésperas do lançamento da peça. Altamente recomendado. Nota: 10/10.

Segue teaser:
Azul Resplendor. Venha assistir! from Azul Resplendor on Vimeo.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Campeonato Carioca 2014: Fluminense 1 X 0 Resende


Na noite quente do dia 29 de janeiro de 2014, estive mais uma vez no novo estádio Maracanã, que será palco da final da Copa do Mundo FIFA 2014.
O Técnico da nossa seleção (Felipão) também esteve presente (no camarote, não atrás do gol onde eu estava...) e não deve ter gostado do que viu, pois o jogo foi de nível técnico muito baixo.



Logo aos 10 minutos, Conca marcou para o Fluzão, após linda tabela entre Jean e Rafael Sóbis, que tocou de calcanhar para o cruzamento de Jean, onde Conca dominou, girou e marcou...


No mais, o jogo foi um saco. Os cerca de 7.000 torcedores que compareceram, vaiaram no final da partida, pois sequer lances de perigo tivemos. O jogo foi de uma sonolência só... Dois times muito parecidos por sinal e do mesmo nível técnico...

Filme: Sob o Sol de Satã



Na noite do dia 29 de janeiro de 2014, sendo que ainda era tarde no Rio de Janeiro, vi mais um filme na Mostra "O Cinema de Maurice Pialat" no Centro Cultural Banco do Brasil. Tive a oportunidade de ver "Sob o Sol de Satã", filme que ganhou a Palma de Ouro em Cannes em 1987.

Trata-se de uma adaptação da obra de Georges Bernanos, publicada em 1926 e dita por alguns como infilmável. Neste longa, Maurice Pialat além de atuar (personagem Menou-Segrais ), também dirige. O longa conta a história de um padre rural, chamado Donissan (interpretado por um jovem Gérard Depardieu) que está atuando numa paróquia de um pequeno vilarejo, consolando almas perturbadas por questões morais, sentimentais e sexuais.

Em paralelo, conhecemos a jovem Mouchette (Sandrine Bonnaire), de 16 anos que mata o seu amado, fazendo todo mundo acreditar que ele se suicidou. A cena deste crime, é sem dúvida a melhor do filme. Posteriormente ela confidencia o crime para o padre e ocasionalmente eles estabelecem uma estranha relação, que para mim não ficou muito clara ao final da projeção.

Tentado por Satanás, ele é obrigado a colocar em teste a sua fé, provando que é verdadeiramente um sacerdote. A luta espiritual mostrada no filme, é mais comum do que imaginamos. O próprio Jesus Cristo quando esteve no mundo, foi tentado por Satanás logo depois de ter sido batizado. (Lucas 4)

Mateus nos instrui a vigiarmos e orarmos, para que não venhamos a cair em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mateus 26:41). Paulo escrevendo aos Coríntios é mais contundente ao afirmar que "não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar." (I Coríntios 10:13)

No entanto, Tiago é quem melhor se expressa acerca deste assunto ao escrever em sua carta: "Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam. Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: "Estou sendo tentado por Deus". Pois Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. " (Tiago 1:12-14)

O filme é meio parado, arrastado. Uma cena da ressurreição de um garoto pelas mãos do padre também chama a atenção, mas não estava totalmente fisgado pelo filme. Confesso que o problema maior poderia ser eu, pois estava com o cansaço acumulado de uma viagem de 3 horas de avião, mudança de horário, o clima quente do Rio, e acabara de ver uma sessão de um filme também antigo... O "Antes Passe no Vestibular" também de na Mostra "O Cinema de Maurice Pialat". Ainda assim, recomendo para aqueles que gostam de ver filmes antigos. Nota: 4/10.

Segue trailer:
Trailer: Sous le soleil de Satan, Maurice Pialat from Mickael Hery on Vimeo.

Filme: Antes Passe no Vestibular



Na tarde do dia 29 de janeiro de 2014, após visitar as exposições do CCJF, fui ao Centro Cultural Banco do Brasil conferir os filmes da Mostra "O Cinema de Maurice Pialat", que está acontecendo de hoje, 29/01 a 10/02 no CCBB-RJ.
Gosto de filmes franceses e conhecer obras antigas de alguns cineastas, é privilégios de poucos cinéfilos, especificamente os do eixo RJ-SP (Não por coincidência, locais onde foram exibidas as mostras deste importante cineasta francês).

O filme de 1978 "Antes Passe no Vestibular" mostra a vida de um grupo de jovens amigos da região de Lens, uma região mineradora. Alguns terminam os estudos sem grandes convicções, outros passam de pequenos bicos ao desemprego. Vemos um retrato fiel da juventude daquela época, e é possível perceber que nos dias atuais, apesar das enormes mudanças ocorridas, tudo continua da mesma forma. No filme, um professor dá sua aula e fica nítido o desinteresse da turma.

Muitos dos jovens de hoje, se perguntam por que fazer o esforço de passar no "ENEM" se o futuro é tão incerto? Os estudantes reunem-se num pequeno café para tentar esquecer seus medos ou o tédio. Neste local, longe das cobranças da família e da escola, vemos novos casais surgirem, depois se separarem, tudo ao melhor estilo "Malhação" (Sem querer comparar o padrão de qualidade)…

No filme, a incerteza da juventude é simplesmente vivida.  O autor do livro de Eclesiastes fala que o jovem deve alegar-se na sua mociedade! Para viver intensamente os dias de juventude, seguindo por onde o coração mandar e até onde a vista alcançar, mas alerta para as consequências de todos os nossos atos. (Eclesiastes 11:9)

O grande problema da juventude é este: não saber medir a consequência dos seus atos. Por isso, tantos são os casos de gravidez indesejada, de vícios incontroláveis e tantas outras mazelas. Minha mãe sempre dizia: - Filho, você pode fazer tudo o que você desejar, mas antes, passe no vestibular!

É apenas a certeza de um futuro decente que os pais desejam aos filhos, por isso a preocupação de que ao menos eles passem no vestibular... Pode namorar, brincar, se divertir, mas é importante que o jovem saiba que os estudos é fundamental, para não viverem uma vida medíocre e correrem atrás do prejuízo no futuro.

O Salmista no Salmo 119:9 pergunta: - Como pode o jovem  manter pura a sua conduta? Ele mesmo responde: - Vivendo de acordo com a palavra de Deus!  Quanto ao filme, recomendo. Nota: 8/10

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