segunda-feira, 30 de outubro de 2023

33° Cine Ceará anuncia selecionados para as Mostras Competitivas Ibero-americana de longas e Brasileira de curtas-metragens

 Festival Ibero-americano de Cinema ocorre entre 25 de novembro e 1º de dezembro em Fortaleza, no Ceará, com toda a programação gratuita  

 

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O longa brasileiro “Sou amor”, dirigido por André Amparo e Criz Azzi, compete na Mostra Ibero-americana de Longa-metragem

Com número de inscritos que superou a edição anterior, o Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema anuncia os selecionados para as mostras Ibero-americana de Longa-metragem e Brasileira de Curta-metragem da 33ª edição, que ocorre entre 25 de novembro e 1º de dezembro, em Fortaleza. Com programação inteiramente gratuita, seis produções de 10 países vão compor a Mostra Ibero-americana e 14 curtas de 12 estados brasileiros foram selecionados para a Competitiva de Curta-metragem. As exibições serão realizadas no Cineteatro São Luiz. Na semana passada, o festival anunciou os filmes selecionados para a Mostra Olhar do Ceará.

Para a mostra Ibero-americana de Longa-metragem, o curador Vicente Ferraz buscou encontrar uma unidade dentro da grande diversidade estética e temática apresentada por cada um dos realizadores dos 334 longas inscritos. "Realmente foi difícil escolher seis filmes entre tantos inscritos para termos um panorama das cinematografias dos diversos países latino-americanos, além da Espanha e de Portugal. Acabamos encontrando nas diferentes propostas um olhar franco e carinhoso sobre a família, principalmente a infância”, revela. Vale ressaltar também que os seis longas são inéditos no Brasil.

 

O filme cubano "A mulher selvagem”, de Alan González, abre o festival depois de fazer sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto 2023. O longa mostra a saga de uma mulher que luta incansavelmente pelo amor de seu filho, enquanto foge com ele da violência doméstica.

 

Representando o cinema nacional, a ficção “Sou amor”, dirigido pelos cineastas mineiros André Amparo e Cris Azzi, traz a história de Robson, que, depois de apanhar do pai na pequena cidade de Luisburgo, em Minas Gerais, vai, com seu irmão mais novo, morar com a avó na capital. O filme fala sobre a descoberta de si pós-trauma.

 

A ficção “Agora a luz cai vertical”, uma coprodução Espanha-Alemanha-Itália-Holanda, primeiro longa-metragem de Efthymia Zymvragaki, concorre na mostra depois de passar por nove festivais internacionais, tendo sido indicado ao prêmio de melhor primeiro longa-metragem no IDFA Envision Competition de 2022. O filme acompanha a trajetória de um homem chamado Ernesto, que mora nas Ilhas Canárias, e que assume ser um agressor.

 

Também foram selecionadas as ficções “Alemanha”, coprodução Argentina-Espanha dirigida por María Zanetti, que narra a viagem da jovem estudante Lola para Alemanha e as reflexões acerca da sua própria vida com essa mudança; e o premiado “O castigo”, produção chilena de Matías Bize, que retrata a busca desesperada de Ana e Mateo por seu filho, que se perdeu em uma floresta (este suspense ganhou melhor direção e prêmio Signis no Festival de Málaga, melhor interpretação para Antonia Zegers no PÖFF 2023 e melhor filme chileno no Círculo de Críticos de Arte de Chile do ano passado).

 

A ficção-documentário “Céu aberto”, coprodução Peru-França, dirigida por Felipe Esparza, também foi selecionada para a mostra. Exibido em oito festivais ao redor do mundo, o longa de 65 minutos conta a história de pai e filhos peruanos que foram separados após a misteriosa morte da esposa/mãe da família.

 

Já na Competitiva Brasileira de Curta-metragem foram selecionadas 13 produções dentre os 837 filmes inscritos, passando por documentários, ficções e animações.

 

As ficções selecionadas foram “Aquela mulher”, representando o Rio de Janeiro, das diretoras Marina Erlanger e Cristina Lago, que narra uma noite na vida de três mulheres do subúrbio carioca; e “As miçangas”, curta do Distrito Federal, dirigido por Rafaela Camelo e Rafael Lavor, selecionado para o 73º Festival de Berlim (Berlinale Shorts), no Hong Kong International Film Festival, no Palmsprings ShortFest, nos Estados Unidos, e que estreou, no Brasil, em sessão especial na Cinemateca Brasileira durante o Cabíria Festival, em São Paulo.

 

Na seleção ainda estão “Bença”, do paranaense Mano Cappu, com duração de 15 minutos, que se passa durante uma visita à cadeia; “Cabana”, dirigido por Adriana de Faria, selecionado para o 34º Curta Kinoforum e a 22ª Mostra Goiânia de Curtas deste ano; e o curta pernambucano “Dinho”, de Leo Tabosa, que traz uma trama sobre o abandono e tem Hermila Guedes integrando o elenco.

 

Representando o Ceará, estão “Circuito”, dos diretores Alan Sousa e Leão Neto, que traz a história de Niara, uma policial escrivã prestes a se aposentar e que enfrenta as dicotomias de um sistema de segurança corrupto paralelamente às relações humanas falidas ao seu redor; e “Os finais de Domingos”, dirigido por Olavo Junior e com Rodger Rogério no elenco, que esteve no Lift-Off Filmmaker Sessions by Lift-Off Global Network 2023, na Inglaterra, e conta a história de Domingos, um idoso de saúde frágil que recebe a visita de um antigo amor.

 

Há ainda dois curtas com o mesmo nome. Representando Minas Gerais, “Lapso”, de Caroline Cavalcanti e premiado no edital Aldir Blanc, que participou do 34º Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Kinoforum, conta a história de Bel e Juliano, adolescentes da periferia de Belo Horizonte que se conhecem enquanto cumprem medidas socioeducativas após praticarem atos de vandalismo. Já "Lapso", dirigido, produzido e roteirizado pelo alagoano João Herberth, traz na trama um acidente de carro de um casal, Daniel e Mônica, do qual a mulher é vítima fatal e o marido, ao acordar, busca vingança para lidar com a perda.

 

Em 20 minutos, “A sombra da Terra”, curta de ficção/animação de São Paulo, dirigido por Marcelo Domingues e com o ator Paulo Betti no elenco, conta a história de uma pianista solitária (Andréia Nhur), que dá abrigo a um misterioso andarilho (Paulo Betti), que acredita carregar consigo uma espécie de maldição ligada à lua e às tragédias da humanidade. A outra animação que concorre na categoria é “Diafragma”, do alagoano Robson Cavalcante. No curta, Carlos é um menino criativo que considera seus olhos sua maior fonte de diversão, mas, após se descobrir diabético, precisa de muita resiliência para enfrentar a cegueira.

 

Também estão na lista de curtas os documentários “A bata de milho”, de Eduardo Liron e Renata Mattar, que se passa no sertão da Bahia e esteve no 18º Mostra de Cinema de Ouro Preto; “Pulmão de Pedra”, do diretor paraibano Torquato Joel; e o premiado “Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando”, vencedor dos prêmios de Menção Honrosa no 5º Festival de Cinema da Amazônia - Olhar do Norte e Prêmio 10+ Favorito do Público no 34º Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Curta Kinoforum e participou de 14 festivais nacionais e internacionais, dirigido por Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami. Produzido em Roraima com uma equipe formada por indígenas Yanomami, o curta de nove minutos traz a história de uma jovem mulher indígena, que observa um xamã durante o preparo da Yãkoana, alimento dos espíritos, propondo um encontro de perspectivas e imaginações.

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